segunda-feira, 18 de novembro de 2013

COMIDAS TIPICAS DE SÃO TOME


Culinária típica de São Tomé e Príncipe: A culinária é a arte de cozinhar, ou seja, confeccionar alimentos e foi evoluindo ao longo da história dos povos para tornar-se parte da cultura de cada um. Variam de região para região, não só os ingredientes, como também as técnicasculinárias e os próprios utensílios.

CALULU DE PEIXE (à moda de São Tomé): Calúlú é um prato típico de Angola  e de São Tomé e Príncipe. Pode ser confeccionado com peixe  fumado ou com a carne.
Em Angola, o calúlú de peixe é preparado numa panela, na qual se intercalam camadas de peixe seco e de peixe fresco, com os demais ingredientes. É cozido em lume médio e servido com funge e feijão com óleo de palma.
Em São Tomé e Príncipe, o calúlú constitui uma refeição familiar habitual, sendo também usado em festas religiosas, nas quais é frequentemente distribuído junto às igrejas. É também servido em casamentos e em cerimónias fúnebres. É localmente considerado uma iguaria rica. As carnes podem ser de galinha, carne de porco, incluindo pés ecabeça, ou de bovino.
O calúlú é acompanhado com: Ângú de banana, que são massas de banana prata ou banana pão "moída", arroz, fuba e farinha de mandioca.
Hoje é consumido em todo o País, com grande predominância nos distritos de Mé-Zochi com 32,3% e Agua Grande com 8,3%, Lembá 15,2% Lobata12% Cantagalo 3,2%, é utilizado principalmente em famílias de fracos recursos porque pode ser feito também com menos peixe. Enquanto que no Príncipe este prato é pouco utilizado.

SOÔ DE MATABALA: Este prato é confeccionado mais à base de matabala, óleo te palma, peixe e umas
especiarias; 
pode ser acompanhado com farinha de mandioca.
A matabala é um tubérculo mais duro do que a batata, de aspecto exterior parecido com a batata-doce de tamanho maior. É muito bom frito - os santomenses chamam-lhe "pala-pala", mas em puré também é bom! É um substituto da batata.
Em Moçambique também há, bem como na República Dominicana e no México. Provavelmente ele é encontrado no Brasil.

Para além da matabala, também podemos fazer soô de fruta-pão e banana prata.


São Tomé & Príncipe – Republica Democratica de São Tome e Príncipe
Capital – Cidade de São Tomé.
Situação do país – Oeste da África, ilhas no Golfo da Guiné, Linha do Equador, oeste de Gabão.
Clima – tropical; quente e húmido; estação das chuvas (Outubro a Maio). Terreno – vulcânico e montanhoso.
Religião – 
Cristianismo 80% (católicos, evangélicos protestantes, adventistas do sétimo dia).
Moeda (
numismática) – dobra. A palavra dobra derivada do verbo português dobrar.





As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro Escobar as descobriram.
Os portugueses colonizaram-na com cristãos-novos que tinham sido expulsos pela Inquisição.1
A cana-de-açúcar foi introduzida nas ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira e as constantes rebeliões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVII. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos para o Caribe e para o Brasil.
No contexto da Dinastia Filipina, o capitão António Monteiro Maciel jurou fidelidade ao novo monarca em 10 de Junho de 1581.
Entre as principais dificuldades por que passaram as ilhas no final do século XVI destacam-se as revoltas de africanos entre 1590 e1595, das quais a mais importante foi a Revolta dos Angolares.

A escravatura e o ciclo do Cacau

A agricultura só foi estimulada no arquipélago no século XIX, com o cultivo de cacau e de café. Nesse período, as ilhas figuraram entre os maiores produtores mundiais de cacau. A escravatura foi abolida em 1876, mas ao longo do século XX os portugueses mantiveram os trabalhadores rurais em degradantes condições de trabalho.
Durante estes dois séculos do Ciclo do Cacau, criaram-se estruturas administrativas complexas. Elas compunham-se de vários serviços públicos, tendo a sua frente um chefe de serviço. As decisões tomadas por este, tinham de ser sancionadas pelo Governador da Colónia. Este para legislar, auxiliava-se de um Conselho de Governo e de uma Assembleia Legislativa.
Durante muito tempo o Governador foi o comandante-chefe das forças armadas, até que, com a luta armada nos outros territórios sob a sua dominação, criou-se um Comando Independente. Fora da sua alçada, encontrava-se a Direção-Geral de Segurança (DGS).
O Governador deslocava-se periodicamente a Lisboa, para informar o governo colonial e dele trazer instruções.
Na Ilha do Príncipe, em representação do governo havia o Administrador do Conselho com largas atribuições. A colónia achava-se dividida em dois Conselhos, o de São Tomé e o do Príncipe, e em várias freguesias.
Em 1951 o território adquiriu o estatuto de Província Ultramarina portuguesa, sendo feito um esforço de desenvolvimento na agricultura, vias de comunicação e da educação.

Independência e transição para a democracia


Em 1960, por influência do processo de descolonização no continente africano, surgiu um grupo nacionalista opositor ao domínio ditatorial português. Em 1972, o grupo dá origem ao MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe), de orientação marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos de controle de Portugal, o arquipélago é descolonizado, como consequência da Revolução dos Cravos em Portugal, um ano antes.
Após a independência, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP. Dez anos após a independência (1985), inicia-se a abertura econômica do país. Em 1990, iniciou-se a transição para a democracia com a adoção de uma nova Constituição, que institui o pluripartidarismo.
No ano seguinte, as eleições legislativas apresentam o PCD-GR (Partido de Convergência Democrática - Grupo de Reflexão) como grande vencedor, ao conquistar a maioria das cadeiras. A eleição para presidente contou com a participação de Miguel dos Anjos Trovoada, ex-primeiro-ministro do país que estava exilado desde 1978. Sem adversários, Trovoada foi eleito para o cargo. Em 1995, é instituído um governo local na ilha do Príncipe, com a participação de cinco membros. Nas eleições parlamentares de 1998, o MLSTP incorpora em seu nome PSD (Partido Social Democrata) e conquista a maioria no Parlamento, o que tornou possível ao partido indicar o primeiro-ministro.